A seguir uma pequena parte da entrevista que o professor Helder Pinheiro (UFCG e UFPB) deu à Revista da Cultura, é uma provocação para que os enteressados a busquem na íntegra, pois vale a pena. Abraços!!!
A poesia infantil ainda é dependente da escola? Como os pais podem trazê-la para o cotidiano? Por que há tanta dificuldade nesse aspecto?
Acho difícil pedir alguma coisa aos pais que, em sua maioria, não leem poesia. Mas todos tiveram infância e poderiam buscar na memória os jogos, as brincadeiras poéticas, as estrofes que por ventura aprenderam e transmiti-las às crianças. Sobretudo nesta fase pré-escolar. Os pais que podem comprar livros poderiam ler mais com os filhos, brincar com a linguagem, encenar com as crianças, fazer jogos dramáticos com elas a partir de histórias e poemas. José Paulo Paes lembra que “Poesia/ é brincar com palavras/ como se brinca/ com bola, papagaio, pião”. Deixar-se contaminar pela poesia, não procurar interpretá-la, tirar lição de moral. Simplesmente ler, ler e brincar. E repito: ler sempre, não apenas uma vez ou outra. Quanto às dificuldades, elas nascem da pouca familiaridade de professores com a poesia e do desconhecimento de metodologias mais lúdicas, que favoreçam a interação das crianças com os poemas.
A forma como a escola apresenta a poesia à criança é pouco atrativa?
Há no mercado excelentes obras sugerindo modos de aproximar a criança da poesia de maneira mais sensível. O problema é que muitas vezes a escola associa a poesia aos conteúdos a serem aprendidos e não à vivência da oralidade, do ritmo. Há livros do segundo ano do fundamental preocupados em fazer a criança aprender o que é verso, o que é rima, etc. Ou seja, quer-se ensinar um conteúdo teórico sobre poesia, ao invés de possibilitar um maior tempo de convivência com ela. Sem falar no fato de que os livros didáticos continuam trazendo poemas para estudar ortografia e outras barbaridades. Muitas vezes as crianças têm nos primeiros cinco anos do fundamental uma vivência até rica com a poesia, mas a partir do sexto ano, começa a rarear. É preciso cultivá-la sempre, todos os anos, todas as fases e sempre com poemas que, de algum modo, atendam ou questionem o horizonte de expectativas do leitor. Mas há outras questões que interferem – não vamos sempre querer culpar a escola. Quantos programas de TV e rádio se voltam para a poesia de um modo atraente? Onde está a poesia nos espaços de nossas cidades? Como são nossas bibliotecas? Que livros de poemas são apresentados aos jovens? E já viram a pobreza do mercado editorial da poesia se comparado à narrativa em geral, à auto-ajuda?
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
CONINFA
Gostaria de informar e convidar a todos os interessados em eventos culturais para passar em Paulo Afonso-BA, entre os dias 22 e 25, de setembro quando acontecerá o CONINFA, Congresso Interdisciplinar da Fasete - faculdade Sete de Setembro. É um evento que abrange várias áreas do conhecimento e contará com a presença de pessoas importantes e palestrantes ligados as áreas de Administração, Letras, Direito, Sistemas de informação, entre outros. No sábado haverá mini cursos com abordagens de diversosos assuntos. Sejam bem vindos!
ENG
Estive no Encontro Nacional de Geógrafos, em Porto Alegre. Foi um evento interessante e bastante proveitoso no que se refere ao conhecimento, uma vez que pude ampliar meu olhar na linha de pesquisa que desenvolvo atualmente: a Ecocrítica. Tabalho com literatura e procuro observar as representações da natureza através do texto literário, por isso o interesse na área da Geografia. Ressalta-se mais uma vez a importância da interdisciplinaridade, pois um conhecimento não se faz por si só, é necessário que esteja atrelado a outros para se constituir de forma plena embora tenhamos a certeza da sua infinitude.
abraços!!
abraços!!
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Sobre literatura
A literatura é uma representação, por outro viés, da realidade. Essa via seria a palavra. A arte participa da vida do sujeito como um todo, de certa forma é uma incursão na vida religiosa, social, cultural, espiritual, psicológica e intelectual do homem. A literatura, assim como toda forma de arte é autônoma, tem suas próprias leis linguísticas, sociais e textuais. (Socorro Almeida)
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