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domingo, 26 de agosto de 2012

Curiosidades para curiosos ahahah!!


 Primeiro romance do mundo foi escrito por uma mulher
Uma mulher foi a autora do primeiro romance literário de todos os tempos. Murasaki Shibiku, uma japonesa da classe nobre, escreveu no ano 1007 um livr...
o chamado "A história de Genji", contando a história de um príncipe em busca amor e sabedoria. A pessoa que escreveu o maior número de romances na história também é uma mulher. Barabara Cartland é autora de nada menos que 723 romances, que venderam mais de um bilhão de cópias em 36 idiomas, fazendo dela também a autora de romances mais vendida do mundo.
http://www.terra.com.br/curiosidades/

sábado, 25 de agosto de 2012

100 anos de Nelson Rodrigues

Centenário de Nelson Rodrigues (Recife PE 1912 - Rio de Janeiro RJ 1980). Um dos autores mais polêmicos da contemporaneidade, era aquele que quem não ama odeia. Escrevu várias obras que se tornaram sucesso na TV como Engraçadinha, Vestido de noiva, Bonitinha mas ordinária, A vida como ela é, entre outras. É um tradutor do cotidiano e conseguia colocar em forma de arte tudo que compõe o ser humano, tanto no que concerne ao social quanto ao psicológico e ao ego. Foi criticado por ter apoiado o regime militar e por isso teve sua obra tardiamente reconhecida. É um autor sem hipocrisias, ou seja, sua obra desmascara a alma humana e por isso é chocante e ao mesmo tempo instigante.  Sem dúvida, Nelson Rodrigues escreveu a nova história do teatro no Brasil, a partir dele essa arte começa a ver o mundo em outras direções. Nelson era dono de um estilo inovador, irreverente, polêmico, ofensivo e ao mesmo tempo encantador e contribuiu muito para a liberdade de expressão nas artes cênicas de um modo geral no Brasil.

 

domingo, 12 de agosto de 2012

O pós-estruturalismo - um ponto de vista

esse texto foi escrito em 2001, eu não tinha a maturidade de hoje, mas não quis mexer para não tirar a originalidade.


PONTO DE VISTA - A Liberdade do Pós-Estruturalismo
Por: Socorro Almeida. Escrito em 2001
A palavra liberdade, tão importante para os idealistas e de sentido tão amplo na atualidade, também tem seu momento de êxtase dentro da Literatura. Esse vocábulo ganha um novo sentido a partir do momento que há uma soltura na forma de expressão e de interpretação do texto. A Linguagem e a Literatura começam a ser vistas sem as amarras das estruturas. Com o Pós-Estruturalismo as palavras ganham, não só uma, mais um leque de possibilidades de significação de acordo com o contexto em que esteja inserida. Enquanto na teoria anterior via-se a produção literária através das estruturas com sua forma fechada, ignorando a multiplicidade de significações, Jackes Derrida traz, na teoria da desconstrução do Pós-Estruturalismo, a recriação a partir de cada signo, ou seja, a queda das estruturas vai dar vida a uma nova forma de produção e conseqüentemente de uma nova Crítica literária.
A significação agora não está presa a um significante, ela oscila intencionalmente ou não, o processo linguístico termina, mas a representação dele é infinita. Diante das possibilidades colocadas pelo Pós-Estruturalismo, o contexto é que vai dar significação e sentido as palavras e ao texto.
Essa crítica que nasce da subversão as regras vai abrir as portas para que o leitor adentre e construa, ele mesmo, o seu texto, a partir das lacunas deixadas pelo autor, ou seja, uma leitura analítica de uma obra não fecha as possibilidades, é apenas mais uma leitura, pois há sempre algo a ser descoberto. Cada palavra possui uma carga semântica de significação que chama por si só para uma interpretação. A Crítica quebra as construções linguísticas e dá ao signo autonomia sobre si mesmo, sendo esses significados infinitos, num movimento cíclico. A palavra transcende o seu próprio sentido e extrapola o significado, oscilando na rede do tecido textual, dando vida as várias interpretações.
O Pós-Estruturalismo, ao contrário do Estruturalismo, mostra uma linguagem sem limites, não estável e não fechada. Enquanto o Estruturalismo encerra o sentido do real, do pensamento e do sentimento no signo, o Pós-Estruturalismo mostra que a linguagem vai mais além, não é um jogo fechado, mas uma porta aberta para as múltiplas significações, pois não condiciona só ao material e ao semântico, mas também as ideologias. Enquanto as idéias Saussurianas fecham o signo entre o significante e o significado, a Crítica desconstrutiva vai separá-lo para libertá-lo e dar vasão a criatividade e a liberdade para interpretação desses significantes a partir do olhar de cada leitor.
Essa nova maneira de ver o texto vai ser aceita positivamente, pela liberdade de expressão e pela soltura das palavras e vai tornar-se uma das mais importantes dos tempos atuais, pelo fato de o texto não ser lido e sim reconstruído, reescrito cada vez que é analisado. O texto passa a ser dissecado por visões em diferentes ângulos. A Literatura vai abrir suas janelas para que cada leitor, de acordo com a sua visão e maturidade literária, observe, não através da fresta que o narrador lhe propõe, mas da janela que estiver ao seu alcance.
Pode-se dizer que o Pós-Estruturalismo é soltura das formas de expressões assim como das várias possibilidades de interpretações; é a desconstrução hierárquica da linguagem em prol de uma liberdade linguística, semântica, ideológica, social e política. O Pós-Estruturalismo traz toda complexidade da língua através das ambiguidades, antíteses, paradoxos que existem na escrita e escapam a qualquer sistema lógico, porque as palavras transcendem em si mesmas indo além do próprio sentido e enchendo o texto de possibilidades numa complexidade até hoje não explicada.