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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Somos filhos da Mãe Terra - Pedro Munhoz

- A Música no viés da ecocrítica

Essa música além de muito bonita é também uma tentativa de conscientização de que somos parte dessa natureza que nos rodeia e não donos dela. Que não podemos nos apropriar do meio ambiente e sim conttribuir para uma vida saudável para todos que habitam o planeta.

Música: Somos filhos da Mãe Terra
CD: Dez Canções Urgentes
Autor: Pedro Munhoz


O planeta é uma nave,
cintilante, com certeza,
azul na delicadeza,
linda esta espaçonave.
Feito vôo de uma ave,
buscando o alto da serra,
gira em torno e tudo gera,
sem precisar de motor.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

Milhões e milhões de anos,
nos ensina a natureza
e com rápida destreza,
destruindo tudo estamos.
Contradição dos humanos,
aprende aquele que erra,
maduro aquele que espera,
só quem sofre, dá valor.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

Buscar a simplicidade
pra resolver os problemas,
terminando os dilemas
que atormentam a humanidade.
Chega de tanta maldade,
cansamos de tantas guerras,
o dinheiro mata e enterra,
o pobre, o trabalhador.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

O que dizer então, da água,
a fonte de toda a vida,
em garrafa, ingerida,
só bebe aquele que paga.
E onde tudo se alaga,
toda a gente desespera,
o clima, a atmosfera,
inverte o frio e o calor.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

Não se contam mais histórias,
não se namora na praça,
não tem moça na vidraça,
perdemos toda a memória.
A poesia inglória,
que vivemos nesta era,
mecaniza, dilacera,
lá se foi um sonhador.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

São os pólos degelando,
é a camada de ozônio,
efeito estufa, demônios,
é o fim que vem chegando.
Tudo, tudo terminando,
o ronco da moto-serra,
quanto menos se coopera,
muito mais destruidor.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

Rua mal iluminada,
buraco sem pavimento,
pobreza, areia, cimento,
são favelas penduradas.
Crianças assassinadas,
o futuro alí encerra,
violência prolifera,
vida não rima com a dôr.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

O planeta poluido,
tudo em nome do mercado,
o globo globalizado,
há tempos instituido.
Vivemos embrutecidos,
enjaulados, somos feras,
liberdade é quimera,
na lei do explorador.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

Adonaram-se das mentes,
botaram marca no mundo,
trangenicamente tudo,
envenenaram sementes.
Fizeram com toda a gente
o que nunca se fizera,
não por coincidência mera,
nos chamam, consumidor.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

É a tal chuva de prata,
fumaça pra todo o lado,
chumbo, estrôncio misturado,
 que vidinha mais ingrata.
A doença se desata,
saúde não recupera,
longas filas de espera,
sem hospital e doutor.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

Rádio, tv e jornal,
tudo tem o mesmo dono,
a mentira ganha entono,
na noticia parcial.
Senhor do bem e do mal,
o sistema então, opera,
a mudança nada altera,
eleição e eleitor.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

Finalizando senhores,
sem querer a ferro e fogo,
o que está mesmo em jogo,
é a bolsa de valores.
Grandes especuladores,
onde o capital prospera,
é o imperio quem lidera,
este circo de horror.
Somos parte sim senhor,
somos filhos da mãe terra.

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